Manifesto Bruno Stael
Eu sou um portal entre dimensões. Meu trabalho não cabe em rótulos, porque meu olhar transborda as margens do esperado. Pinto, escrevo, crio mundos. Minha arte não é um pedaço isolado do que sou; ela é a fusão de tudo o que vivi, de tudo o que me atravessa.
Não sou um artista de paredes brancas e discursos herméticos. Minha arte tem cheiro de tinta fresca, tem sombra e luz, tem história e memória. O tangível e o etéreo se encontram nas minhas criações, porque meu olhar não se limita à superfície das coisas. Eu vejo o invisível, ouço o que não foi dito, traduzo o que pulsa além do tempo.
Minha casa é meu ateliê, meu templo, minha redação. Nela, São Jorge vigia ao lado de Oxum, o Buda azul repousa junto a um astronauta que projeta galáxias no teto. Cada arte, cada objeto, cada fragmento é um feitiço de existência, um lembrete de que o mundo não se limita ao que se vê.
Eu sou o rastro de tudo que toquei e fui tocado. Sou meu próprio universo expandido.
E minha arte é a forma que encontrei de atravessar o tempo.
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